"Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso.
Algum tempo depois, descobriram que era inocente.
O rapaz foi solto e, após muito sofrimento e humilhação, processou o vizinho.
No tribunal, o vizinho disse ao juiz:
- Comentários não causam tanto mal...
E o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel.
Depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa. Amanhã, volte para ouvir sentença!
O vizinho obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo!
- respondeu o homem.
O vento deve tê-los espalhado por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!
Ao que o juiz respondeu:
- “Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de uma pessoa,
espalha-se a ponto de não podermos mais consertar o mal causado.”
“Se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!
Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras.”
[Autor desconhecido.]
***
Esta estória serve de bom exemplo que devemos aplicar em nosso viver
diário. Jamais devemos falar do que não sabemos
No Novo Testamento o Apóstolo Tiago nos adverte:
"Tomem também como exemplo os navios;
embora sejam tão grandes e impelidos
por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno,
conforme a vontade do piloto.
Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo,
mas se vangloria de grandes coisas.
Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha.
Assim também, a língua é um fogo;
é um mundo de iniqüidade.
Colocada entre os membros do nosso corpo,
contamina a pessoa por inteiro,
incendeia todo o curso de sua vida,
sendo ela mesma incendiada pelo inferno.
...
Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai,
e com ela amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus.
Da mesma boca procedem bênção e maldição.
Meus irmãos, não pode ser assim!
Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte?
Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira, figos?
Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce."
[Epístola de Tiago cap. 3. vers. 4 a 6 e 9 a 12].
Estejamos alertas, vigiemos a nós mesmos para não nos deixarmos levar
pelo engano de nosso coração, e ao invés de olharmos para os outros,
quem sabe nós mesmos temos uma "trave" em nossos olhos que nos atrapalha a visão!
Usemos nossa língua como uma bênção para nosso próximo,
com palavras de edificação e encorajamento e nunca jamais como instrumento
de condenação e morte.
Vigiemos aquilo que tem saído de nossos lábios, pois um dia daremos contas
de tudo o que tem saído de nossos lábios, esta foi uma advertência
do próprio Senhor Jesus:
"Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau;
porque pelo fruto se conhece a árvore.
Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus?
Porque a boca fala do que está cheio o coração.
O homem bom tira do tesouro bom coisas boas;
mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens,
dela darão conta no Dia do Juízo;
porque, pelas tuas palavras, serás justificado e,
pelas tuas palavras, serás condenado." [Mt 12.33-37]
A paz seja com todos!
Shalom! :)